“O brasileiro precisa ser estudado”, ou “o brasileiro precisa participar do diálogo”? Por práticas discursivas que movimentem a noção de popularização das ciências da linguagem
DOI:
https://doi.org/10.18309/ranpoll.v56.2028Palavras-chave:
Popularização da Linguística, Políticas de Popularização, Extensão UniversitáriaResumo
No texto, revisito quatro publicações do projeto extensionista Café com Método: Estratégias de popularização do pensamento científico aplicado aos estudos de linguagens
(CAp-UERJ): 1) Café, Método, Popularização: uma introdução (Guimarães, 2023a); 2) A popularização do discurso científico como forma de combate ao negacionismo: Análise de Discurso Crítica em perspectiva (Guimarães, 2023b); 3) Relato de experiência da prática à teoria: uma vivência extensionista textual-discursiva (Guimarães; Oliveira, 2024); e 4) Uma vivência extensionista no relato de experiência: a (noção de) popularização em perspectiva (Oliveira; Guimarães, 2024). Enquanto refletem sobre a popularização, os trabalhos ecoam vozes-práxis que passam/passaram pelo Projeto: pesquisadores de diferentes subáreas de Letras/Linguística (dentre outras), estudantes de (pós)graduação e professores exclusivos da educação básica. Partindo da revisitação, argumento a favor de uma mudança que deveria preceder ações popularizadoras: uma ressignificação discursiva, nas esferas política e científica, a respeito: a) dos projetos/programas extensionistas que atuam com/para a popularização da linguística; e b) das publicações dessas ações. O texto é um convite a se pensar que um plano de ação de popularização da linguística não se limita a aumentar os campos do saber a serem popularizados – de modo que a popularização não se torne (continue/seja), ela mesma, um novo projeto (moeda-político-partidária), mas uma atitude transformacional.
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