A cegueira implantada na transcriação: lugares de uma identidade que não se enxerga
DOI:
https://doi.org/10.18309/ranpoll.v53i3.1815Resumo
O objetivo deste artigo é mapear problematizações em torno de alguns pontos do romance Ensaio sobre a cegueira (1995), de José Saramago, e a transcriação fílmica Ensaio sobre a cegueira, de Fernando Meirelles (2008), a fim de estabelecer diálogos que nos permita analisar
as identidades desfeitas, cambiantes e modificadas intensamente por um mundo que se apresenta
branco demais. Uma vez que na obra em questão se observa uma aparente neutralização das diferenças e homogeneização do tempo e do espírito através da uniformidade acarretada pela cegueira, meu objetivo será tecido nas malhas dos conceitos de hipermodernidade (LIPOVETSKY, 2004), do efêmero e da identidade (LIPOVETSKY, 1989), entre outras abordagens teóricas que
ajudam a assimilar o inesgotável corpo literário-filosófico do romance saramaguiano.
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Referências
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REFERÊNCIA FÍLMICA
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