Elementos de linguagem e arqueogenealogia em Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.18309/ranpoll.v53i2.1759Palavras-chave:
Filosofia da linguagem, Psicologia da linguagem, Arqueogenealogia, Sociedade, SubjetividadeResumo
O objetivo do artigo é problematizar o paradigma da linguagem na arqueogenealogia enquanto episteme praticada por Michel Foucault (1926-1984), a fim de contribuir com o debate da passagem do paradigma da filosofia e psicologia da consciência, no qual o sujeito do conhecimento ou da consciência reflexiva de si mesma serviam de suporte às metafísicas idealistas do eu, ao paradigma da filosofia e psicologia da linguagem, que prioriza a linguagem e a prática discursiva na maneira de estruturar e de organizar a realidade, dar-lhe significado e sentido, para dessa forma, assegurar a prática comunicativa entre os seres humanos e, sobremaneira, permitir a apropriação, a avaliação e a disseminação dos conhecimentos científicos de toda uma época, forçando deslocamentos de ordem teórica, metodológica, técnica e epistemológica dentro das Ciências Humanas e Sociais (CHS) e das Ciências da Educação (CE). A análise arqueogenealógica é um meio de problematizar e de tentar compreender o papel da linguagem no interior dos processos sociais, políticos e históricos, como também os seus usos em contextos institucionais, ou ainda nas circunstâncias concretas da vida cotidiana, microssocial, micropolítica, microfísica. Implica, portanto, colocar em evidência a centralidade desses processos na constituição do sujeito e da subjetividade, no desenvolvimento humano e na manutenção de nossas sociedades.
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