Concepções de futuros professores e futuras professoras sobre o ensino de línguas na infância

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18309/ranpoll.v53i1.1609

Palavras-chave:

Concepções de graduandos, Educação linguística, Ensino de línguas para crianças

Resumo

Neste artigo, nosso objetivo é analisar concepções de futuros professores e futuras professoras sobre o ensino de línguas estrangeiras para crianças. Para tanto, realizamos uma pesquisa de campo de natureza qualitativa. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionário online, o qual foi respondido por 31 estudantes do último ano do curso de letras (português/inglês) de uma universidade pública do norte do Paraná. As análises indicam que, de modo geral, os participantes acreditam que o ensino de línguas difere de acordo com a idade do aluno, ressaltando que as crianças mais novas aprendem mais rápido. Ademais, os graduandos e graduandas defendem que o ensino de línguas deveria iniciar na infância, pois, na visão deles e delas, é melhor para a aprendizagem e vantajoso para o futuro dos pequenos aprendizes. Diante disso, percebemos que mitos sobre o ensino de línguas para crianças ainda estão presentes em suas concepções, demonstrando a importância de revisitá-los e construir outras acepções sobre tal atividade docente, ao longo dos cursos de formação inicial, bem como é necessário proporcionar mais reflexões sobre a educação linguística na infância.

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Biografia do Autor

Patrícia Cardoso Batista, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil

Doutoranda em Estudos da Linguagem (UEL). 

Juliana Reichert Assunção Tonelli, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil

Doutora em Estudos da Linguagem (UEL).  

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Publicado

2022-04-30

Como Citar

Cardoso Batista, P., & Reichert Assunção Tonelli, J. . (2022). Concepções de futuros professores e futuras professoras sobre o ensino de línguas na infância. Revista Da Anpoll, 53(1), 54–77. https://doi.org/10.18309/ranpoll.v53i1.1609

Edição

Seção

Estudos Linguísticos (2022)