Escritura e Memória: A Troia Negra de Jayme Griz
DOI:
https://doi.org/10.18309/anp.v1i50.1321Palavras-chave:
Literatura Fantástica, Folclore, HistóriaResumo
Este artigo visa a oferecer um panorama da obra do folclorista pernambucano Jayme de Barros Griz, cuja atuação como escritor, poeta e ensaísta não tem encontrado receptividade da crítica na contemporaneidade. Neste sentido, torna-se relevante o resgate de sua produção literária e histórica, na qual as formas de vida dos negros da Zona da Mata Sul e o declínio das usinas de açúcar despontam como principais motivos temáticos. Ao dialogar com Gilberto Freyre, pelo viés sociológico de suas teorizações, e com Luis da Camara Cascudo, calcado na apreensão do folclore como uma ciência para entender as sociedades, seu percurso intelectual registra avanços e recuos em relação aos pressupostos estéticos e culturais defendidos por esses autores. Enquanto sua poética se divide entre o que foi realizado pela Geração de 1870 e os ditames modernistas, e os ensaios recuperam, sob um prisma memorialístico, a presença do negro e o ocaso da civilização açucareira em Pernambuco, com as narrativas fantásticas sua obra alcança originalidade e projeção estética ao enfocar lendas, crendices e o sobrenatural através dos mitos agrários, adensado pela religiosidade e misticismo da cultura africana.
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