Falando francamente: uma leitura bakhtiniana do conceito de “inglês como língua franca” no componente curricular língua inglesa da BNCC
DOI:
https://doi.org/10.18309/anp.v1i48.1255Palavras-chave:
Inglês como Língua Franca, Currículo, Bakhtin, Conflito EpistemológicoResumo
O presente artigo visa analisar o conceito de inglês como língua franca (ILF) que fundamenta o Componente Curricular Língua Inglesa da Base Nacional Comum Curricular – Ensino Fundamental (BNCC). Para tanto, inicia com a apresentação das principais definições deste conceito polêmico e polissêmico, com ênfase para as primeiras teorizações da década de 80 no âmbito das pesquisas internacionais de modo a culminar nas recentes reconceituações na produção científica brasileira, o que chamo aqui de ILF made in Brazil, evidenciando a natureza refratária, dialogizante e heteroglóssica do signo segundo Bakhtin. Após tecer considerações acerca desses conceitos, o artigo analisa a presença do conceito de ILF no Componente Curricular Língua Inglesa da BNCC, atestando a existência de um conflito epistemológico quando texto introdutório e quadros de conteúdos são confrontados, conflito posto na medida em que a natureza fluida e situada atribuída aos recentes debates sobre ILF entra em choque com a normatividade, consenso e padronização usualmente postos por um currículo nacional comum. À moda bakhtiniana, o artigo conclui em favor da não condenação desse conflito epistemológico na medida em que nele reside o jogo de sentidos e a transformação em potencial no encontro entre professor-sujeito-intérprete e ILF-enquanto-signo, de natureza refratária, dialogizante e heteroglóssica.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os trabalhos publicados na Revista da Anpoll são licenciados sob os termos da licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. Assim, os/as autores/as ou terceiros podem copiar e redistribuir o material licenciado em qualquer suporte ou formato, e remixar, transformar, ou criar a partir do material desde que sejam dados os devidos créditos ao trabalho original. Ressalta-se que a redistribuição, transformação ou criação, de iniciativa de dos/as autores/as ou de terceiros, deve mencionar a precedência de sua publicação neste periódico, citando-se o volume, número e data desta publicação.