Jacob Grimm: da exaltação da língua alemã à linguística do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.18309/anp.v1i45.1123Palavras-chave:
Grimm, Lei Fonética, Romantismo AlemãoResumo
O presente trabalho busca demonstrar a influência e o impacto dos ideais do Romantismo alemão no direcionamento das reflexões sobre a linguagem no século XIX, que contribuiu para o estabelecimento da Linguística como ciência. Será dada ênfase a Jacob Grimm (1785–1863), conhecido pela compilação, com o seu irmão, Wilhelm (1786–1859), de contos infantis extraídos do folclore alemão (publicados entre 1812–1815) e pela formulação da nomeada “primeira lei fonética”. Influenciado pelo nacionalismo romântico, que se caracterizou por recusar o passado clássico e por exaltar a literatura e a língua nacionais, Grimm dedicou-se ao estudo das manifestações culturais genuinamente germânicas e da língua alemã, com vistas a enaltecer a identidade nacional. O resultado, entretanto, foi a importante descoberta da mutação fônica sistemática, observada na comparação entre o grego, o gótico, o latim e o sânscrito, que influenciará os rumos dos estudos linguísticos modernos. Partindo-se de uma contextualização histórica e exposição teórica sobre o Romantismo, relacionar-se-ão os ideais do movimento com a obra linguística de Grimm. Trata-se de uma pesquisa de natureza bibliográfica, teoricamente fundamentada em Robins (1979) e Morpurgo Davies (1998), obras voltadas para a historiografia linguística, e em Guinsburg (1978), no campo da teoria da literatura.
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