A invisibilidade do bom menino e a infidelidade da menina má: representações literárias do tradutor e da tradução
Resumo
O presente artigo, ao tomar o romance Travessuras da Menina Má (LLOSA, 2006) como campo de questionamentos acerca das questões concernentes à tradução, se divide em dois momentos. No primeiro discutimos o papel de Ricardito, o protagonista-tradutor, tendo em vista as contribuições de seu discurso para uma maior contemplação do ato tradutório. No segundo momento analisamos o desenvolvimento da menina má como uma personificação da tradução. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é identificar se e de que forma os personagens centrais podem ser estudados através das lentes proporcionadas pelos Estudos da Tradução. Para tal escrutínio, utilizamos as ferramentas analíticas proporcionadas por Venuti (1995) e Laranjeira (2003), dentre outros. Nossos resultados demonstram que, igual ao bom menino, a menina má opta pela instabilidade como forma de sobrevivência – assim como naquilo que tange ao original que se deixa traduzir, viver na mentira é, até certo ponto, melhor que morrer na verdade. Podemos concluir, com nossa análise desses dois personagens, que o que lhes prova ser essencial é precisamente a sua carência de essência.
Palavras-chave
Travessuras da Menina Má; Vargas Llosa; Tradução
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PDFDOI: https://doi.org/10.18309/anp.v1i44.1171
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