Aslanov, Cyril. <em>A tradução como manipulação</em>. São Paulo: Perspectiva, 2015.
DOI:
https://doi.org/10.18309/anp.v1i44.1152Palavras-chave:
Tradução, ManipulaçãoResumo
O ato de traduzir instiga discussões desde os primórdios da história. Ao longo desse tempo, questões concernentes à fidelidade, literalidade, liberdade e ofício do tradutor são constantemente e incansavelmente analisadas. Contudo, a partir do Cultural turn, novas perspectivas foram trazidas para o campo dos Estudos da Tradução e essas abordam desde a identidade do tradutor, as influências sociais, políticas, ideológicas e culturais no/do processo tradutório, até o caráter manipulador do texto traduzido. À vista disso, considerando as tendências pós-modernas dentro dos Estudos da Tradução, o livro “A tradução como manipulação”, do professor israelense Cyril Aslanov, publicado em 2015 pela Editora Perspectiva, busca promover a reflexão quanto ao processo tradutório especificamente no que diz respeito ao seu caráter manipulador. A partir de exemplos que vão desde as primeiras traduções da Bíblia até traduções modernas – como as traduções automáticas –, abrangendo a tradução escrita e a interpretação simultânea, o autor procura explanar que até mesmo a tradução mais literal abre brechas para que o tradutor, de acordo com suas intenções, manipule o texto traduzido. De acordo com Aslanov, essa manipulação é inevitável, pois, como explica, ao citar a República de Platão, “a mentira é parte constitutiva da atividade poética” (p. 11). Sendo o tradutor também um poeta, não só de textos literários, mas um poeta-criador que realiza um trabalho de esmero com as palavras, este utiliza recursos que, por vezes, adulteram o texto, tanto o escrito quanto o oral. De fato, tal manipulação é motivada por diferentes fatores que são explicados minuciosamente ao longo da obra.
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