Vidas que incomodam

Marielle Franco e o dispositivo colonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18309/ranpoll.v53i2.1755

Palavras-chave:

Biopolítica, Estado racista, Vidas sem valor, Resistência

Resumo

O assassinato de Marielle Franco, em março de 2018, representou um duro golpe às bases democráticas do Brasil e a repercussão desse crime dividiu a população brasileira. Sua trajetória de vida e suas lutas como ativista em defesa das mulheres negras, das pessoas trans e das populações faveladas na cidade do Rio de Janeiro desafiaram as estruturas do dispositivo colonial. Ela criticou duramente as estruturas do patriarcado e as políticas de segurança pública. O objetivo deste artigo, fundamentado nos estudos do discurso foucaultianos e nas discussões decoloniais, é analisar como Marielle Franco colocou em circulação uma série de enunciados que desafiavam o dispositivo colonial no Brasil. Tomei como principal corpus de análise sua dissertação de mestrado, defendida em 2014 e uma entrevista que concedeu ao site Subjetiva em 2017.

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Biografia do Autor

Ivânia dos Santos Neves, Universidade Federal do Pará, Belém, Rio Grande do Sul, Brasil

Doutora em Linguística (UNICAMP).

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Publicado

2022-09-06

Como Citar

Neves, I. dos S. (2022). Vidas que incomodam: Marielle Franco e o dispositivo colonial. Revista Da Anpoll, 53(2), 315–330. https://doi.org/10.18309/ranpoll.v53i2.1755

Edição

Seção

Por uma análise foucaultiana dos discursos