O non serviam de Augusto
DOI:
https://doi.org/10.18309/ranpoll.v52i3.1668Palavras-chave:
Non serviam, Recusa, Inovação, Rigor, Anti-poesiaResumo
A poesia de recusa de Augusto de Campos, na tradição do manifesto de 1914 de Huidobro, non serviam, rege o universo poético da recusa. Define uma posição de independência estética, contra a comercialização, contra a retórica tradicional e contra a poesia discursiva. Alia-se aos poetas independentes e insólitos de qualquer época que respeitam o rigor da composição. O livro mini NÃO de Augusto é expressivo de uma tensão criativa que percorre toda a obra, um negativo positivo que apoia a inovação, como as correntes de demolição praticadas pelas vanguardas históricas. Uma tensão verbivocovisual percorre a sua obra. A poesia da recusa abrange um programa estético e também social, que justifica o “anti”, a “anti-poesia” e a escrita “à margem da margem,” encontrado no cerne da consciência poética e social das vanguardas poéticas.
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