Quantas vidas tem Camões? Sobrevidas rasurantes e representações do amor homoerótico na ficção de Frederico Lourenço

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18309/anp.v51i3.1419

Palavras-chave:

Camões personagem, Homoerotismo, Ficção Portuguesa Contemporânea, Frederico Lourenço

Resumo

O artigo propõe uma leitura do conto de Frederico Lourenço – ficcionista, tradutor, investigador e professor da Universidade de Coimbra –, “O retrato de Camões” (2005, de A formosa pintura do mundo). Na obra, Camões é revisitado e ganha sobrevidas rasurantes, na medida em que se torna eixo primordial para uma reflexão detida sobre as formas de amor que não se coadunam com as normas heteronormativas, em virtude de um homoerotismo presente, ora explícito, ora sutil. Pretende-se pensar de que forma a personagem camoniana, nos seus deslocamentos da condição de mito para uma condição humana, tal qual sublinha Eduardo Lourenço (1999), contribui para refletir sobre as múltiplas possibilidades de ser e estar no mundo do homem português do século XXI a partir de uma experiência amorosa outra, que ousa dizer o seu nome.

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Biografia do Autor

Jorge Vicente Valentim, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo,

Professor Associado de Literaturas de Língua Portuguesa (Subáreas: Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa)

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

Valentim, J. V. (2020). Quantas vidas tem Camões? Sobrevidas rasurantes e representações do amor homoerótico na ficção de Frederico Lourenço. Revista Da Anpoll, 51(3), 189–198. https://doi.org/10.18309/anp.v51i3.1419

Edição

Seção

Estudos Literários (2020)