Uma perspectiva pragmática para o estudo dos letramentos em periferias brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.18309/anp.v1i49.1300Palavras-chave:
Letramentos, Pragmática, Periferia, EtnografiaResumo
Este texto apresenta as linhas gerais de uma perspectiva pragmática para a abordagem dos letramentos em periferias brasileiras. ‘Pragmático’ aqui é entendido como aquilo que produz uma série de efeitos no mundo (conforme John L. Austin e Judith Butler) e também como prática que conjuga a tríade lei do sistema, rapidez da atividade e olhar reflexivo dos atores (conforme a abordagem da prática comunicativa de William Hanks). O artigo extrai as características de uma abordagem pragmática dos letramentos de trabalhos que problematizam e politizam a relação entre oralidade e escrita e que questionam o que conta como escrita numa sociedade. Retira essas características também de pesquisas etnolinguísticas com sistemas de escrita e de inscrição pictórica em grupos ameríndios, as quais sugerem não haver grupo humano sem um sistema convencional de grafismo. Em vista disso, a abordagem pragmática dos letramentos em periferias é, em última instância, uma forma de dialogar com pessoas que em alguma medida já escrevem, embora suas práticas não sejam legitimadas como escrita.
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