A noção de corpo em Saussure e em Freud: um encontro paradoxal
DOI:
https://doi.org/10.18309/anp.v1i45.1125Palavras-chave:
Saussure, Freud, Corpo, ParadoxoResumo
Propomos, neste artigo, indicar um ponto de encontro entre Saussure e Freud no que diz respeito ao lugar ocupado pelo corpo do falante em suas teorias. Para colocar em discussão essa proposta, destacamos que, na perspectiva saussuriana, os sons afetam o ouvido, provocando nesse órgão uma atividade de decisão/de julgamento sobre semelhanças e diferenças (entre sons) ou, em outras palavras, o som impressiona o ouvido. Da perspectiva freudiana, recortamos a memória que possui como noção básica, a de traços mnemônicos, ou seja, a de rastros de impressões sensoriais que estão em constante movimento. Assim, tanto para o pai da linguística como para o pai da psicanálise, a sensação modifica, impressiona o corpo do falante, ou melhor, imprime suas marcas que se articulam, ou se associam. Essa proposta de encontro não é, contudo, pacífica, sem problemas, tanto pelo fato de que o conceito de corpo é nebuloso nos dois autores, como também pelos efeitos de desencontro que, paradoxalmente, ele produz.
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